“Ninguém trata a educação como
prioridade. Hoje temos uma dívida com a
educação de aproximadamente 50 milhões de reais, em Natal, de recursos
carimbados, aqueles que o município é obrigado a repassar para a Educação. Se
tivéssemos uma mobilização, já teria havido uma grande revolta”, criticou o promotor de Justiça de Defesa da Educação, Raimundo
Sílvio Dantas Filho, durante a Audiência Pública, nesta segunda-feira (19) “A importância da parceria família e escola”, no Centro de
Educação Profissional Jessé Freire, proposição da deputada Gesane Marinho e
primeira audiência realizada em Natal, fora da Assembléia Legislativa.
O promotor alertou os presentes para a necessidade de
se acompanhar de perto todas as notícias relacionadas à Educação e deu sua sugestão: a união entre família e escola.
“Ninguém trata a educação como prioridade, por isso o papel da família é
decisivo. Nos unirmos é o desafio maior, a única alternativa”, disse Raimundo
Sílvio.
Outra crítica ferrenha ao setor educacional veio da
ex-secretária de Educação de Natal e atual diretora do Instituto de
Desenvolvimento da Educação (IDE), Eleika Bezerra: “Não passa de discurso dizer
que a educação é prioridade, mas educação não se faz sem recursos e corrupção,
entre aspas, é também a não prioridade de políticas públicas. Na hora em que
deixo de investir no pão e invisto no circo, isso é corrupção, pois desvia da
real necessidade da população”, disse Eleika.
A audiência promovida por Gesane
contou também com a presença do consultor do MEC, Paulo Ronaldo dos Santos, da
secretária de Educação do RN, Betânia Ramalho; Cláudia Santa Rosa, uma das
fundadoras do IDE; do presidente da União Nacional dos Dirigentes em
Educação-Undime, Isauro Oliveira, além de gestores, educadores e estudantes e
representantes das Direds.
A necessidade da família se integrar
cada vez mais à escola e assim melhorar o rendimento, a aprendizagem e o
interesse dos alunos foi a maior ênfase de todos os que se pronunciaram. Paulo
Ronaldo, do MEC, disse que qualquer mobilização tem que começar em casa, porque
os pais são o suporte emocional e afetivo. “Temos muito o que fazer e o
engajamento de todos os atores sociais é que vai fazer a diferença”, disse
Betânia Ramalho.
“O debate sobre a educação é muito
amplo, por isso centramos nossa discussão na participação dos pais, tema pouco
explorado”, disse a deputada. Da discussão será elaborada a Carta da
Mobilização Social pela Educação, que será entregue à governadora Rosalba
Ciarlini com reivindicações e balanço das atividades realizadas nesta 1ª Semana Estadual de Mobilização Social, iniciada na
última quinta-feira (15).
Outras informações:
Assessoria de
Comunicação Social da ALRN
Telefone: 3232 - 5768
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