A Assembleia Legislativa promoveu na manhã
desta segunda-feira, 15, audiência pública sobre mudanças no modelo de
exploração da energia eólica, e alternativas para a produção de outras energias
renováveis. O presidente da Assembleia, deputado Ricardo Motta, foi o autor da
propositura e destacou que o atual modelo não beneficia o Rio Grande do Norte. “O
atual modelo de exploração e geração de energias renováveis adotado no país evidentemente
não representa ganho expressivo para a economia dos estados produtores. Na
verdade o modelo beneficia apenas os grandes grupos econômicos, o Governo
Federal e os estados consumidores de energia, visto que a parcela do ICMS
arrecadado que retorna aos estados produtores é irrisória. Os benefícios
diretos que ficam nos municípios são mínimos e irrelevantes”, afirmou Ricardo
Motta.
A preocupação da Assembleia é
compartilhada pelo representante da Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
no Estado, Luiz Eduardo Farias. Ele defende a distribuição de impostos para
compensar os Estados produtores de energia renovável. “Não defendemos a criação
de um novo imposto, queremos a distribuição de impostos já existentes. Isso
pode compensar o Rio Grande do Norte e os municípios produtores”, defendeu.
Luiz Eduardo também mostrou preocupação com os ganhos dos proprietários das
terras produtivas.
Os proprietários das terras onde
estão sendo instalados os parques eólicos recebem atualmente cerca de 0,87% do
preço da energia adquirida pelo governo. A audiência reuniu vereadores,
prefeitos, e classe empresarial do Estado, além da presença especial do senador
José Agripino Maia (DEM/RN). O parlamentar fez questão de destacar a importância
do debate promovido pela Assembleia, e disse que a energia renovável será o
grande trunfo econômico do Estado nos próximos anos. “Não tenham dúvida que
nosso potencial energético será o grande catalisador do nosso desenvolvimento
nos próximos anos. E vamos tirar desta audiência pública uma carta mostrando
nossa preocupação em relação a estes gargalos, e vamos entregar a Governadora
Rosalba Ciarlini e a Aneel”, defendeu José Agripino.
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