A variante Najdorf da siciliana com 6.Bg5

A variante Najdorf da siciliana com 6.Bg5

Posted by rafael ferreira on 19:18

TRADUÇÃO ABAIXO, E FEN: SIGNIFICA POSIÇÃO NO TABULEIRO, FORSYTY Rich resources for counterplay with a rare move by Alexey Kuzmin 1.e4 c5 2.Nf3 d6 3.d4 cxd4 4.Nxd4 Nf6 5.Nc3 a6 6.Bg5 Nbd7!? This is an extremely rare move at grandmaster level, and has a rather dubious reputation, which is undeserved. In my view, Black has some highly original resources, offering good counterplay. White has two logical possibilities: 7.f4 and 7.Bc4. A) The variation 7.f4 White invites his opponent to return to normal lines by means of 7…e6. However, Black has other resources. 7…Qc7 White has two sensible continuations: 8.Qe2 and the significantly...

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Luismar está na Final do Brasileiro

O MF paraibano Luismar Brito recebeu convite do VPT da CBX, o AI Antonio Bento, e vai participar da Final do 79º Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez, que ocorrerá entre os dias 25/02 e 06/03, na cidade de Montenegro (RS). A vaga para Luismar decorreu da desistência de quatro jogadores previamente classificados (GM Rafael Leitão, GM Felipe El Debs, GM Henrique Mecking e GM Alexandr Fier) e de sua terceira posição conquistada na Semifinal II do Brasileiro, ocorrida ano passado. Outro convidado que também aceitou substituir os ausentes foi o MI mineiro Roberto Molina. Para as duas vagas ainda em aberto estão sendo aguardadas pela CBX as confirmações de mais dois convidados, cujos nomes ainda não foram revelados. Vamos acompanhar e torcer para uma boa atuação do nosso Luismar lá no Rio Grande do Sul. 

Magnus Carlsen na Paraíba!

Futura sede da AXCV

Quem visita a Paraíba nos próximos dias é o fenômeno do xadrez mundial, o norueguês Magnus Carlsen. Ele, que vem ao Brasil a convite do Governo Federal para diversos eventos promocionais do xadrez, estende sua viagem e chega ao nosso Estado para a inauguração da nova sede da Academia de Xadrez Caldas Vianna (AXCV).

Esse clube teve um crescimento exponencial nos últimos anos, graças ao apoio das grandes empresas da região, que seguindo uma tendência nacional, despertaram para a visão do xadrez como um poderoso instrumento de valorização de suas marcas, em função das qualidades intrínsecas ao nobre jogo, semelhantes àquelas requeridas para o sucesso empresarial: pensamento estratégico, bom planejamento, processo decisório eficiente, criatividade etc. 

Um outro ponto de atração para as empresas é a forte característica cultural que associa o xadrez ao ser inteligente. Portanto: “seja inteligente como os enxadristas e adquira o nosso produto“.  Eis aí o mote que fez o xadrez sofrer um boom recentemente, despertando a atenção da mídia em geral, e fazendo da modalidade uma das mais prestigiadas pela juventude brasileira na atualidade. Hoje se multiplicam matérias jornalísticas e programas televisivos que ajudam a promover o xadrez, disseminando sua prática e contribuindo para o surgimento de grandes talentos. 

Nas escolas, o jogo assumiu status de nobre disciplina, pelo seu poder de socialização e educação, ajudando os jovens a obterem ganhos significativos na disciplina, na concentração e no processo de aprendizagem. Não seria exagero dizer que o xadrez no Brasil hoje é o esporte da moda!

Nesse contexto, o atual pentacampeão mundial Carlsen, com o absurdo Rating FIDE de 3064, chega à Paraíba em breve, numa mega operação de marketing para inaugurar a AXCV, um dos pontos mais conceituados do país, para a prática do xadrez, com grandes eventos ocorridos nesse local nos últimos anos, a exemplo da Final do Brasileiro do ano passado, que fez um paraibano de 19 anos, o GM Yuri Pinheiro, sagrar-se campeão brasileiro absoluto de xadrez de 2022! A propósito, como parte dos festejos de inauguração da AXCV, está programada uma sessão de blitz entre Yuri e Carlsen! Viva o xadrez!

(Eis um sonho que se sonha só, na esperança de que, um dia, venha a ser um sonho que se sonha junto!)

P.S.: A foto é na realidade um bela edificação atual na Avenida Edson Ramalho, utilizada aqui, como ilustração poética. 

XEQUE -MATE NA FOME

A rainha nunca foi tão deliciosa

E quem disse que não dá para brincar com a comida? O tabuleiro de xadrez da loja Crismel foi feito exatamente pra isso. Produzido com chocolate belga, o produto reproduz as peças do jogo. Assim, quando você comer a torre do adversário, pode levá-la direto para a boca, em vez de deixá-la repousando num canto da mesa. O jogo tem dois efeitos colaterais: a dúvida cruel de escolher quais peças você vai querer comer e a chatice de saber que vai dar para jogar uma partida só.

O último grande clássico

Em setembro, o mundo reviu o maior combate da história do xadrez moderno: Karpov x Kasparov. Por trás da revanche entre o Maradona e o Pelé do tabuleiro, uma história de ofensas, quilos perdidos, colapsos, computadores, política e o fim de uma era...

por Rita Loiola

Tabuleiro, peças brancas e pretas de madeira, dois oponentes de carne e osso. À antiga, o azerbaidjano Garry Kasparov e o russo Anatoli Karpov enfrentaram-se entre 21 e 25 de setembro, em Valência, na Espanha. A disputa comemorou o aniversário de 25 anos do duelo histórico entre os dois, últimos representantes humanos de grandes enxadristas, antes de programas como o Deep Blue ou Fritz derrotarem campeões nos anos 1990. Kasparov venceu por 9 a 3, provocando a mesma reação raivosa da época da Guerra Fria. "Como seres humanos, somos absolutamente distintos e opostos em qualquer assunto. Somos como Pelé e Maradona", disse Karpov.

Em 1984, na capital da então União Soviética, Kasparov, com 21 anos, disputou o título mundial com Karpov, detentor da honraria desde a década de 70. O jogo custou cinco meses, 8 quilos a Karpov, colapsos físicos e nervosos dos dois e acabou inconcluso. A direção do campeonato alegou perigo para a saúde física dos jogadores, mas os opositores do governo soviético viram na decisão um sinal de que Karpov, 33 anos e queridinho dos políticos, poderia perder. Kasparov, jovem e politicamente contrário ao regime soviético, representaria uma ameaça à estabilidade comunista. No ano seguinte, o duelo foi retomado, e Kasparov consagrou-se campeão mundial.

A rivalidade foi colocada à prova outras três vezes nesses 25 anos (duas derrotas de Karpov e um empate). Kasparov passou a desafiar computadores. Em 1996 venceu o Deep Blue, da IBM. Na época, previu que seria o último humano campeão de xadrez. Um ano depois, perdeu para um PC, em uma disputa polêmica. Alguns disseram que a máquina teve a mãozinha de um humano no final, outros, que é simplesmente muito desigual competir com um organismo que tem em sua base de dados mais de 700 mil jogos de grandes mestres. Mas o fato é que, desde a derrota, não surgiu nenhum outro grande enxadrista humano para roubar a fama de Karpov ou Kasparov.